terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ok


Thiago, você precisa se concentrar mais, ser mais responsável, ser mais disciplinado, ser mais tranqüilo, ser mais calmo (coisas diferentes), ser mais ativo, ser mais magro, ser mais paciente, ser mais "quem ama", ser mais feliz.

Ok!

domingo, 10 de janeiro de 2010

I.N.C.R.Í.V.E.L!


Final de ano é uma época meio estranha: ou você fica meio melancólico por se despedir de um ano muito feliz, ou fica meio aliviado por saber que aquele ano complicado vai ter fim e se enche de esperança para que venha um outro ano melhor (nos dois casos). Eu tive um final de ano exaustivo, depois de um ano muito tenso/intenso. Por dias e dias eu falei, pensei e senti que precisava muito de um descanso, de tranqüilidade e da tentativa de relaxamento. A minha expectativa foi completamente depositada em uma viagem de pouco mais de uma semana, para um lugar desconhecido, rodeado de pessoas pouco conhecidas, algumas completamente inéditas para mim. Como a recompensa deveria ser grande, meu temor também era. O principal medo era não ter condições de conviver com aquele grupo misterioso e não poder escapar. Seria um risco, um tiro cego. Acontece que acertamos em cheio.

Quem me conhece um pouquinho sabe que eu não curto conhecer gente nova, porque me dou bem com as pessoas que eu amo e elas meio que me bastam, em primeira instância. Mas basta ultrapassar a primeira barreira para eu ficar completamente fascinado pelas novas descobertas, a compreensão gradativa da pessoa que se encontra na minha frente e isso, em pouco tempo, se torna um delicioso exercício de costume e segurança. No dia 28 de dezembro eu conhecia bem uma das pessoas que me rodeava, sempre me via intrigado por outra delas, e era completamente novo nas relações com as outras. No dia 05 de janeiro, na mesa do Barão, olhava ao redor e sentia um calor, uma segurança e um carinho imenso ao ver aqueles rostos, alguns que me acalentavam, outros que me deixavam mais pilhado, todos manifestando dentro de mim uma sensação absoluta de saudosismo. De certo modo, já nos conhecíamos todos muito bem. Dividimos todos muita coisa. Muita coisa.

Luana, baiana, África, aprendizados de manobras sexuais (em tese), receitas culinárias, cultura cinematográfica, impedimentos, jogos de cartas, roubo em jogos de cartas, Copas, Mal-Mal, Buraco, Buraco Mexicano (hmmm), Porco, leitura de tarô, presenças ilustres (Marília Gabriela e Pato Donald nos visitaram algumas vezes), Natali, lula a dorê, “uhu, Jacareí!”, praia (eu pouco), nudez oceânica na madrugada, surdez, queimaduras, machucados, taças furtadas, loucura, Bad Romance, chuva, sol, desejo, perigo, sobriedade, embriaguez, bocas, Engov, línguas, dedos do pé, xixi, vinho, rum, vodka, cerveja, Coca Zero, A Fazenda, Bis, bolo, guerra de bolo, felicidade, stress, cantos silenciosos da casa, um frigorífico, ensaios fotográficos, amor, amizade, respeito, catarse, finais, começos, nenhuma tristeza.

Luis Buñuel embalou minha esperança de um ano bom com a leitura de sua vida extraordinária, com suas declarações de amor àqueles que passaram por sua vida. Esta é uma mensagem descarada, sem nenhum medo de parecer piegas ou clichê, pois ela é! Eu sou, porque não tenho pudor ao declarar para as sete pessoas do meu início de ano o meu amor de verão que certamente merece subir a serra.
Alice, aquela que você pode olhar a qualquer momento e que sempre vai te entregar o olhar mais sincero, seja de raiva, esgotamento ou alegria, muita alegria. Ver a Alice perdendo o ar de tanto rir foi das melhores descobertas desses dias.
Ana, meu desabafo, que me deu horas de carinho, palavras confortáveis, ouvidos tranqüilos, a sensação de que tudo precisa ficar bem. Acho que sempre vou associar a Ana à confiança extrema. Acho que é isso que a Alice sente ao olhar pra ela também.
Daniel. Grinspum. O cara do canto, sempre olhando, falando de vez quando, falando umas merdas sinceras em uma determinada hora, um mistério explícito e fascinante. Daniel Grinspum é uma ilha, mas dessas muito boas de visitar, que mesmo tendo suas coisas escondidas, não vai te fazer cair de um penhasco quando você menos esperar; pelo menos ele avisa.
Felipe, meu amigo. Ninguém me conhece tão bem e eu ainda não aprendi a estar do lado dele. Felipe é estranho e eu também, acho que assim a gente meio que se entende, com algumas palavras, alguma distância, alguns sorrisos. Sem muita explicação.
Guilherme, aquele que me mostrou que estar só é diferente de ser...o Gui sabe estar com ele mesmo e isso não é nenhum problema. Eis aí uma característica que me fascina. Todo o Guilherme é fascinante ao mundo que o rodeia. Falo por todos.
Lygia, mon amour. Não tenho muito o que falar. Ela acredita em mim, mesmo quando eu não permito que ela o faça. Ela é minha leveza, minha doçura, meu olhar de brisa para os dias mais bonitos.
Rafael, sempre com um sorriso, sempre bem. Admiro muito aquela paz de atitude, quando tudo precisar ficar bem, vai ficar bem. Rafael tem essa confiança e não tem como não almejar isso pra si. Se a presença dele ao lado bastar para isso, já está de bom tamanho.

Gostaria de poder dividir com todo mundo o que foram esses dias de recarga de energias, para mim. Mentira, não gostaria nada. Basta que somente estas sete pessoas saibam o que tudo significou. De minha parte, coloco mais uma vez minha completa disponibilidade e vontade em tê-los aqui, com braços muito abertos, para termos mais alguns desses momentos felizes. Felicidade, agora, na minha cabeça, também vai estar ligada a todos vocês.

Foi, tipo, incrível!