sexta-feira, 16 de março de 2012

e eu que já perdi a hora e o lugar, aceito


às vezes eu só quero descansar...

Mas é isso aí, não dá tempo pra parar e lamentar as coisas. Eu acho que podemos, sim, sofrer e seguir em frente. Acho que eu preciso fazer isso. Não acho que posso ou devo ficar aqui, no "fundo de onde eu tô". E de vez em quando ser pego de surpresa pelas belas coisas que existem no caminho além daquele não vem.


quinta-feira, 8 de março de 2012

quem procura...


Dois segundos depois, vem o arrependimento. Mas arrependimento é um caminho sem volta, por motivos óbvios. Acho que por isso mesmo eu não costumo me arrepender. Como eu mesmo digo, melhor não errar. Não estou aqui querendo parecer à prova de erros, mas compreendo que eles servem como aprendizado. Porém, se você se arrepende, quer dizer que preferiria não ter cometido a ação que o fez se arrepender. Então seria melhor não cometer, logo, não errar. Quando eu erro, eu tento aceitar. Só que hoje não.

Preferiria viver nessa pequena ignorância. Aliás, queria tanto mais...

E em meio a tanto querer, o que de fato eu devo fazer? Pois não fazer nada é chato demais! Parar não pode, não deve, não precisa ser uma opção. Olhar para os outros lados, olhar para frente, não olhar mais pra trás...tantas opções, tão poucas resoluções, nenhuma certeza. No final das contas, não existe modo nessa vida de se ter certeza de praticamente nada. Eu já nem sei mais o que é isso aqui comigo, me acompanhando, longe de você, perto deste coração selvagem. Começo a citar Clarice e Clarice se tornou superficial, por conta da profusão de frases de efeito provenientes das redes sociais. Eu não me importo, pois Clarice ainda é, pra mim, tudo de muito forte. Pensando assim, pensando em Clarice, em efeito e força eu vejo que não há razão para eu me importar muito mais com o público da vida cotidiana, do hospício a céu aberto. Mais cedo eu falei de espontaneidade e agora penso de novo nela. E penso em anos atrás, em desapego. Mas é melhor não olhar pra trás...

Então, eis que aqui penso em não me importar, mas se escrevo é porque me importo. E se ouço pela quinta vez esta música que pergunta se o amor existiria através do inverno, até a morte, é porque eu me importo demais. E se isso tudo existe e precisa deixar de existir, algo precisa ser feito. Tudo porque acabo de ter a garantia de tudo aquilo que eu já sabia e me negava a aceitar.

Quem procura, procura aceitar.

quarta-feira, 7 de março de 2012

traindo a espontaneidade

Você pode ser o que você quiser,
você pode fazer praticamente tudo que quer.

Você pode querer tudo,
desejar o mundo.
E, mesmo assim, você precisa se segurar.

Dias passam e eu me mantenho atento,
traindo minha espontaneidade,
que me faz querer todo dia te ligar.