quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Restless


Vim aqui conversar um pouco mais comigo mesmo. Mas aí eu entrei e a Lygia tinha escrito dois comentários. A Lygia decidiu ler um pouco das coisas que eu converso comigo mesmo. Então o que eu vou conversar hoje, vou conversar comigo e com a Lygia!

Então, esse ano foi legal! Eu viajei três vezes para cobrir festivais de cinema. É uma experiência interessante, cansativa e elucidativa também, ainda mais quando você está fazendo esse tipo de trabalho sozinho. Acho que aprendi um bocado sobre isso nessas experiências. Uma coisa que ando desaprendendo é a escrever. Ou gostar de escrever. Tem mais de um mês que eu não escrevo um texto sobre cinema e acho até que isso me fez bem, tive uns dois impulsos para escrever uma palavrinha ou outra sobre dois filmes que vi recentemente e gostei bastante (O Garoto da Bicicleta e Restless). Os impulsos não resultaram em texto ainda. Mas acho que posso encontrar de novo, em algum momento, o prazer que eu sentia tempos atrás, quando me via com a - boa - obrigação de falar coisas sobre aquele filme que mexia de algum modo comigo. Eu ainda consigo ser mexido, só não tenho muita vontade de falar. Só aqui, comigo mesmo. E com a Lygia.

E esse ano foi legal, pois um ciclo de quase seis anos chegou ao fim. Ciclos precisam terminar, então é uma coisa muito boa, ainda mais quando eles findam com uma boa sensação de dever cumprido e momento certo. Desde o início de dezembro eu já não acordo mais no mesmo horário, não sigo o mesmo trajeto até aquela casa antiga localizada no Bairro de Lourdes. Já não tenho mais que atender telefonemas desconhecidos e desagradáveis, não tenho mais que me desgastar por coisas que não vão acrescentar muito na minha vida, não tenho mais que sorrir quando não quero. Agora eu só vou sorrir quando eu quiser e tenho dito! Tõ feliz com isso!

E daí que esse ano foi legal, acima de tudo, porque eu estou começando a realizar um sonho. Que coisa mais doida, você sonhar com algo que acaba se tornando realidade. Eu meio que posso agora assinar nas fichas de check-in dos hotéis como produtor de cinema. HAHAHAHA. Muito engraçado isso! Você não acha, Lygia? Inclusive, a Lygia é doida. Me chamou pra fazer uma coisa que eu nunca tinha feito e eu nem entendi que ela estava me chamando. Espero que ela não tenha se arrependido. O mais massa nisso tudo é que eu realmente estou me divertindo em aprender as coisas novas que eu ando aprendendo. Todos os convites super legais que apareceram e que devem preencher meu próximo ano com uma rotina de trabalho bastante intensa, além de terem me deixado com sorrisos fáceis, me fizeram querer melhorar. Isso é bom também, né Lygia?! Eu acho muito legal...

Pois então o ano é legal por conta dos novos trabalhos. Mas é muito legal também por conta das novas pessoas. Pra falar a verdade, algumas não são muito novas, mas se tornaram tão frequentes este ano, que eu sinto como um novo amor. A Sil, por exemplo, sempre foi um pensamento mais que querido pra mim, mas sempre foi extremamente bissexta no meu dia a dia. Este ano isso mudou e nós nos vimos bastante, sempre em momentos agradabilíssimos e alcóolicos, deliciosos e risonhos. É uma renovação de amizade das mais bonitas possíveis. Tem a Tati também, ex-namorada de amigo que se tornou tão querida quanto o próprio amigo. Estar com a Tati é incredible, até porque junto dela eu tenho uma linguagem própria! Amo a Tati from the fundo do meu coração (como diria a Sil)! E tem a Flavinha, que é a Flavinha e é isso aí. Só de pensar nela, naturalmente segue junto uma sensação boa, de amizade pra valer. Pronto, comecei a falar os lugares comuns, acho que tá na hora de encerrar. HAHAHAHA (Lygia, você ainda tá lendo?)

Mas então, esqueci das pessoas novas NOVAS. Camilla...gosto dela, mesmo ela sendo cruzeirense. Nem nos conhecemos tão bem, mas essas coisas meio que acontecem, não é mesmo?! A gente se conheceu por acaso num café e o acaso tem dessas coisas. Curto o acaso, bom deixar isso claro! Tem a Naty também, docinho de côco que me fez companhia nas badalações de Paulínia City. Amo a Naty! É isso aí, tô cheio de amor!

Amanhã vou pro Rio, comemorar a chegada do novo ano, que promete ser ainda mais legal. Para todas essas pessoas e para muitas outras eu mandarei as mais sinceras vibrações de amor e afeto. E de uma sensação constante de inquietação, que é uma coisa boa demais da conta!

Beijo grande a todas!

(isso virou uma carta? Éramos só eu e a Lygia...rs)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

hoje hoje hoje

Volta e meia eu me pego fazendo planos.

Já ouvi alguém dizer que não deveríamos planejar nada, toda aquela bobagem de "viver o agora". Eu planejo, porque eu sou muito ansioso e não consigo não pensar no que pode vir amanhã. Tudo bem que nem sempre isso se converte em realização da expectativa - na verdade, quase nunca - mas há algo de renovador em sempre pensar um pouco além do próprio lugar, estar um pouco acima do chão. Sonhar, acordado ou dormindo.

Eu meio que queria viver um pouco mais o agora, não por não apreciar o sonho, mas exclusivamente para não perder mais tempo com o que pode não vir a ser, de fato. Mas será que desse jeito eu passaria a ser um desses pragmáticos irreversíveis, insuportáveis? Porque eu penso que o que me impede de ser uma pessoa completamente chata é justamente essa minha dose de daydreamer que eu ainda carrego. Se eu for viver mais no agora, corro o risco de não me aguentar?

É, sei não. Só sei que eu me sinto tão perdido e confuso, desorganizado e incapaz, durante muitas horas dentro das horas. E é então que eu penso que não posso perder tempo. Penso que deveria ficar mais distante desta tela de computador, mais próximo da calçada lá de fora, que hoje está molhada por conta de uma chuva que eu praticamente não tomei. Quando se está mais na rua, se está mais no mundo? Será disso que eu ando precisando, do mundo?

Nos caminhos futuros que eu devo percorrer, espero poder encontrar um pouco mais de estabilidade, para eu me sentir confortável com meus pés no chão. Junto deles, meu pensamento na hora vigente, no desejo capaz, no sonho possível, na realidade gritando a todo momento que "você tem mais é que viver, ser feliz!".

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

mas agora você está aqui

Bem quando eu estava pronto para desistir, virar as costas (ainda que para aquilo que nem estava minimamente perto) e "walk away", ouvi alguém dizer que você estava chegando. Literalmente chegando, bem atrás de mim. E aí, e agora? E agora? Sério mesmo, e agora?

?

Eu acho que eu faço tudo errado sempre, porque eu me sinto incapaz, insuficiente, inútil. E o pior é quando penso que você pode pensar isso também. É então que eu não faço nada certo mesmo, pelo medo de você pensar que eu sou tudo - de ruim - que eu penso que posso ser pra você.

Mas de vez em quando eu penso que posso ser bem mais. E que nós podemos ser aquilo lá, não exatamente dos sonhos de um pessoa que vive em outra dimensão, como eu, ou tão rigorosamente calculado como os seus pensamentos repetitivos de horários que se sucedem. É quando eu penso que essa coisa de esperar algo só te leva mesmo a esperar demais.

E eu espero já tem um tempo. Nem sei se por você, mas eu acho que agora eu deveria estar com você. Do jeito que somos, porque o que nós temos é isso, a simplicidade. Aceite a simplicidade, porque é um modo da vida nos mostrar como pode ser a felicidade. Será que nós podemos ser felizes assim, simples, um do lado do outro? Quando eu penso o que faria dividindo horas minhas com você, eu acho que eu sou maluco. E acho que não vai dar nada certo. E que nem você seria capaz de fazer algo por isso. Mas é então que pode ser somente isso, eu e você aceitarmos o ombro, o carinho, o sorriso, as margaridas, o cheiro bom que eu sei que você tem, que eu tenho pra você. Um amor, nosso. Será que dá?

E quando eu me apaixonei?