sábado, 1 de janeiro de 2011

vamos!

E foi-se embora dois mil e dez. E com ele (espero eu, espero bem) todo aquele sono inexplicável e inconcebível, aquele sono eterno. Como dormi muito, dormi pouco e dormi mal naquele ano. Ainda bem que ele já foi, pois a lembrança maior que eu tenho dele é de todo esse sono.

Teve também o Paul McCartney. Ah, o Paul McCartney, desse me lembrarei por muito tempo ainda.

Não teve abraço de conchinha, carinho na nuca, beijo roubado. Dois mil e dez me fez só demais e triste por isso. Não gostei. E olha que eu sempre gostei. Cansei, parece. É, cansei!

Teve cinema, mais um emprego, mais novos desafios. Meu filme, que ainda não é filme, ainda espera ser filme em dois mil e onze. Quem sabe agora, logo no inicinho? Seria bom...

Ah, dois mil e dez, que me fez deixar tanta coisa pra trás e acho que foi a primeira vez, de verdade, que cumpri uma resolução de ano novo. Fui eu, acima de qualquer coisa, um desapegado. Abandonei o que não me importava, o que já não mais me faltava, o que já não mais me valia de nada e adeus. Ficou tudo lá, em dois mil e dez, e nove, e oito...

Dois mil e onze, esse agora, vamos correr, porque já deu de dormir. Vamos fazer, porque já cansei de esperar. Vamos seguir, porque não aguento mais esse lugar. Vamos ser dois, porque ser um não é mais pra mim. Vamos!


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