Conversava mais cedo com a Raquel sobre o aparente fantasma que anda assombrando os relacionamentos amorosos dos nossos conhecidos, nos últimos tempos (alô, amigo, parece não ser uma boa hora de namorar alguém...). Quem conhece a mim e, principalmente, a Raquel, deve saber que ficarmos a par da crise no amor sentimental não é coisa muito positiva para essa visão de mundo meio cética que compartilhamos. Mas eu, diferente da Raquel, ainda sou positivo, um tanto quanto esperançoso - talvez meio palerma - e decidi me apaixonar esta noite. Revi, pela quarta vez, uma peça musical em três atos que o diretor francês Christophe Honoré encenou à moda de Jacques Demy. Les Chansons D'amour é uma história do amor maior, que de tão grande rompe em canção do peito de seus amantes. É o perfeito resumo da nossa constante necessidade de repetição do erro de amar, da "partida", passando pela "ausência" e chegando ao "regresso", sempre permanecendo num círculo vicioso de um sofrimento velado, de um coração seco e de olhos inchados, mas que pode achar um destino no inesperado (o que leva subitamente pode revelar o novo também assim, súbito). O que acaba valendo a pena - espero - é mesmo o momento em que se morde uma maçã com todos os dentes, entregue, somente pelo sabor do fruto, mesmo que depois venha a perdição.
Hoje, novamente, eu me apaixonei. Por enquanto, somente pelo filme.
quero ver .-.
ResponderExcluirja disse que vc me deixa com vontade de assistir a todos os filmes, ne? rs
o amor é francês e quem o inventou fez nascer Louis Garrel para dificultar ainda mais a crença nesse amor platônico, talvez impossível aos mortais que não nasceram lá, mas que como o Thi pode ainda acreditar em um sentimento já não existente em arredores reais. Platão não conseguiria viver o amor homônimo. Pelo menos não nessa hipermodernidade do pseudo...amor?
ResponderExcluirNada resumi isto melhor isso que Carla Bruni em " L'amour "
ResponderExcluirARRASA....
Agora tenho q admitir q concordo em gênero,numero e grau com a Raquel!!!
UAHhauAhaUHAUhuhauhUHAUhuAH
Nem me fale nisso(s)!
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