quinta-feira, 5 de novembro de 2009
viagem por quando quem se foi quando éramos o que poderíamos ser
meu corpo é de amigo
isso não me intriga
te empresto prazer
te dou atenção
sua vaidade não faz perceber que tudo que faço é pra meu próprio bem
e esse veneno de estar só e junto é o que nos define
é o que nos seduz
então vem pra me dizer que tudo não passou de ilusão
nesse jogo de amor onde sujo minhas mãos
e o que eu tenho pra dar, só nos resta saber
se quer ir embora, pode cair fora
não diga somente que já está na hora.
*****
Coisamaislindadomundo!
Com a cortesia da beleza das palavras e música de Lu Brina e César Lacerda.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
noites de cabíria
he stole your heart from you so you tossed me out to the wind
I keep pretending not to care but the winter scent in her hair
compels my hands to do the things my heart wouldn't dare
I'll keep holding on to you see no use perfecting lives with strangers
if only you, if only now
and in the twilight of this hour when fools are mistaken for men this shadow suits me well
my regrets, I'll face in the end
I'll keep holding on to you see no use perfecting lives with strangers
if only you, if only now
I'll keep holding on to you see no use perfecting love with strangers
if only you, if only now
sábado, 26 de setembro de 2009
eterno
FELIPE
Não tem como.
THIAGO
O quê?
FELIPE
Não tem jeito. É egoísta com o espectador.
THIAGO
Mas é essa a idéia. Não necessariamente ser egoísta...
FELIPE
Mas é egoísta!
THIAGO
...não é necessário que o espectador saiba de tudo, simples!
FELIPE
Eu não gosto, acho que não funciona.
THIAGO
Pois eu adoro justamente por não ter como funcionar inteiramente.
Silênico. Tempo. A macarronada fica pronta. Felipe e Thiago se sentam para comer. Nenhum dos dois fala mais sobre o projeto, mas permanecem pensando.
FELIPE (em pensamento OFF)
Não tem jeito, nunca vamos nos entender plenamente.
THIAGO (em pensamento OFF)
O Felipe é cabeça dura demais, nunca vamos nos entender.
Thiago e Felipe permanecem sentados, comendo, falam de trivialidades, dos dias, dos filmes, dos gostos, do macarrão. Não existe nenhum tipo de união entre eles, seja nas opiniões, nas atitudes, nos gestos e nos sorrisos. Thiago sorri enquanto Felipe para. Felipe sorri depois. E eles se entendem.
FIM.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
olhar
http://www.revistacinetica.com.br/mesdeagostoilana.htm
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
cinema novo
Miguel Gomes filmou nas entranhas de um local, no mais interior dos interiores de Portugal, e lá encontrou cada uma das pessoas que em algum momento da vida fazem um trato com o cinema. No lido com essas pessoas, esses tipos, esses personagens, o diretor e sua equipe encontram o olhar da outra parede da sala e jogam para eles a sensação de serem o filme e sentirem a proximidade com o retratado. É real porque aquilo existe, mas é ficcional, pois é um filme. Está sendo documentado, mas previamente foi roteirizado. O que existe então na tela, realidade ou ficção? Em que momento o interior dos interiores de Portugal vira o interior dos interiores de suas pessoas e serve de inspiração para se criar o interior dos interiores dos personagens? Sinceramente, não interessa.
Não interessa porque pode existir um plano que quer intencionar uma fusão entre as “partes” (“todas as aspas possíveis”, citando Ilana Feldman, num texto impressionantemente feliz no debate pós-filme), pode ser que o processo tenha encontrado um meio de construir uma ficção a partir do que foi capturado do real, que a ficção tenha sido forjada em real ou o real trabalhado para parecer ficção; nada disso importa porque na tela está o que realmente pode ser real numa experiência como essa, a compreensão extrema do público, o tato. Ainda que o fetiche do lado de cá seja ficar instigado em saber se um dos momentos finais do filme retrata atriz ou personagem, a resposta é inútil e desnecessária. Aí está a graça de se ver a obra de Miguel Gomes e sua equipe (parte imprescindível para que o tal caminho seja possível), a de enxergar o que se pode, mas impedir que isso seja descrito.
É como no momento em que o técnico de som afirma que existe sim a possibilidade de que um som que não esteja no ambiente seja ouvido, mas tecnicamente não. Eis o paradoxo de um filme que pode ser classificado inteiramente como novo (e novidade, no cinema, nem existe mais). Fazendo com que o fulano de tal ouça sons que não estão lá, Miguel Gomes é original, novo e pleno. E do seu modo, o cinema é (re)inventado.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
notas
terça-feira, 11 de agosto de 2009
the windmills of my mind
Round
Like a circle in a spiral
Like a wheel within a wheel
Never ending or beginning
On an ever spinning reel
Like a snowball down a mountain
Or a carnival balloon
Like a carousel that’s turning
Running rings around the moon
Like a clock whose hands are sweeping
Past the minutes of its face
And the world is like an apple
Whirling silently in space
Like the circles that you find
In the windmills of your mind !
Like a tunnel that you follow
To a tunnel of its own
Down a hollow to a cavern
Where the sun has never shone,
Like a door that keeps revolving
In a half forgotten dream,
Or the ripples from a pebble
Someone tosses in a stream
Like a clock whose hands are sweeping ....
Keys that jingle in your pocket
Words that jangle in your head
Why did summer go so quickly ?
Was it something that you said ?
Lovers walk along a shore
And leave their footprints in the sand
Is the sound of distant drumming
Just the fingers of your hand ?
Pictures hanging in a hallway
And the fragment of this song
Half remembered names and faces
But to whom do they belong ?
He: when you knew
That it was over
You were suddenly aware
That the autumn leaves were turning
To the color
Of her hair !
She: when you knew
That it was over
In the autumn of goodbyes
For a moment
You could not recall the color
Of his eyes !
Like a circle in a spiral
Like a wheel within a wheel
Never ending or beginning
On an ever spinning reel
As the images unwind
Like the circles
That you find
In the windmills of your mind!
domingo, 9 de agosto de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
o gosto do vento
*e hoje tem Cat Power em São Paulo. hmmm
**ouvindo Carla Bruni. que passa comigo e com tanta vontade?
*** "é uma emboscada"
quinta-feira, 9 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
tenha cuidado, seu tolo
terça-feira, 30 de junho de 2009
if you would and you could
Ai.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Fábula
De qualquer modo, foi bom sim, eu acho. Pois dá uma alegria ver algo nascer. Eu sou um afobado por natureza, quero tudo pra ontem. Pensei tudo, a maior parte dos planos, o que usar como trilha de sons naturais e trilha de som fantástico (é uma fábula), pensei nos atores, pensei nas - poucas - pessoas com quem eu quero trabalhar, pensei onde fazer, como, quando (depois do "jantar", por honra!) e em que clima. Acho que é uma idéia bem boa, não porque a idéia é boa, mas por me trazer de volta coisas boas.
Só falta escrever. Hmm, sabia que faltava algo.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
so here we go
"Não, ainda não!"
domingo, 31 de maio de 2009
ninguém
Num exercício de auto-conhecimento, ando ficando parado demais, largando coisas pelo caminho (não perdendo, vale dizer). Deixo tudo de lado, pra trás, sem querer muito e sem ligar mais. Tem muita coisa que eu nem quero mais.
Já não nos vemos mais, não mais, pois estamos todos neste mundo longe, londe demais. Fico distante de uns contatos para evitar umas dores. Penso se sou eu incapaz de me causar dor, eu em mim mesmo, somente assim. Não quero dor por hora, nem tristeza, nem choro nem vela. Não quero velar, não quero lamentar, não quero somente ver, acho bom agir.
É hora de se mover pra viver mil vezes mais. Será que tem tanta vida assim para ser vivida aí fora? Diz que tem...
Eu preciso de alguém, sem o qual eu passe mal. Não ando passando mal, ando passando passando, só passando. Acho que preciso correr, ficar sem ar, me cansar para depois descansar e recuperar o fôlego. Perder pra recuperar, parece bom agora. Mover. É isso!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
"ama-me menos, mas ama-me por mais tempo..."
Hoje, novamente, eu me apaixonei. Por enquanto, somente pelo filme.
terça-feira, 21 de abril de 2009
então beijo.
vi quando o mar se abriu, deixando passar todo o meu sentimento. até na chuva e no vento, vi a luz da poesia.
minha alegria voltou, brilhando no alvorecer, quando deixei de amar e esperar por você.
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Então vamos ouvir Roberta Sá que hoje é dia de voar - literalmente - no aniversário da Simon.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
os vampiros, o final de semana e o sangue do bom som.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
enterrado numa água nova (tão nova que nem tem cor nem cheiro ainda)
*O Quintal Compartilhado (extraído de "É claro que você sabe do que estou falando", Miranda July)
terça-feira, 31 de março de 2009
a leste do paraíso
sábado, 28 de março de 2009
mensagens subliminares
segunda-feira, 23 de março de 2009
change is hard
GRAN TORINO
"Dúvida", ou "como fuder com um argumento no minuto final"
E tem gente que acha que no final tudo pode dar certo. Quem for ver o filme estrelado por Meryl Streep (a mais fraca do elenco, acreditem), Philip Seymour Hoffman, Amy Adams e a espantosa Viola Davis, saberá que tudo pode vir por terra. E vai mesmo.
quarta-feira, 18 de março de 2009
katherine, kiss me
sábado, 14 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
estilo
quarta-feira, 11 de março de 2009
pode ser até do corpo se entregar mais tarde
.
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parece simples mas a gente às vezes é.
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E o amor é lindo!
.
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deixo tudo que quiser, eu não me queixo em ser
.
ehhhhhh
acho normal ver o mundo feito faz o mar num grão de areia
.
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é de se entregar a sorte
todo mundo vai saber e ver que o vai e vem pode ser eterno
pra ver quem manda
.
acho que não vai dar, tô cansado demais
vou ver a vida a pé
.
ehhhhhh
acho normal tá no mundo feito faz o mar num grão de areia.
terça-feira, 10 de março de 2009
a favor da censura (?) (!)
segunda-feira, 9 de março de 2009
calmaria caótica
uma opção realista
sábado, 7 de março de 2009
peregrina, Hermanoteu!
sexta-feira, 6 de março de 2009
os matadores da cidade de Sam
quinta-feira, 5 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
para Lygia
terça-feira, 3 de março de 2009
transparência
A Construção
Primeira pedra, as palavras da canção que deu nome a este espaço:
The build up lasted for days
Lasted for weeks,
Lasted too long
Our hero withdrew, when there was two
He could not choose one, so there was none
Worn into the vaguely announced
The spinning top made a sound like a train across the valley
Fading, oh so quiet but constant 'til it passed
Over the ridge into the distances
Written on your ticket to remind you where to stop
And when to get off ...
Prometo que vou me lembrando onde parar e quando terei que sair.